Já reparou como o papo sobre trabalho mudou nos últimos anos? Principalmente pra galera mais nova, tipo a geração Z, aquela turma que nasceu ali do final dos anos 1990 até começo de 2010. Eles estão dando um show de criatividade e nem sempre seguem aquele roteiro tradicional de só ter um emprego fixo. Na verdade, muita gente já não se vê mais presa a um único tipo de trabalho.
O que está rolando é que o famoso “bico” ganhou um upgrade. Hoje, o termo da moda é side hustle, que nada mais é do que aquele trabalho paralelo, feito pra juntar uma renda extra ou até realizar um sonho antigo. Pode ser desde vender docinho gourmet, dar aula pela internet, editar vídeo, fazer tradução… Até cuidar de redes sociais de lojas ou marcas.
Aliás, quem nunca pensou em fazer um extra no fim do mês, né? E com a internet facilitando tudo, ficou ainda mais simples transformar uma habilidade ou hobby em dinheiro.
Por que a geração Z está mergulhando nos side hustles?
Pra começar, o pessoal dessa geração cresceu em um mundo digital. Isso significa que eles já estão acostumados a usar aplicativos, redes sociais e plataformas online pra se conectar e trabalhar. Fazer dinheiro pela internet virou algo natural, como pedir comida pelo celular.
Outro ponto é que muita gente não quer mais depender só de um salário fixo. O custo de vida aumentou, tem crise econômica aqui e ali, e as contas não param de chegar. Então, se dá pra garantir uma grana extra, por que não tentar?
Além disso, a ideia de construir uma carreira tradicional, tipo CLT, já não atrai tanto. O pessoal quer mais flexibilidade, liberdade pra criar, testar coisas novas e, claro, fazer algo que realmente tenha a ver com seu estilo de vida. Não à toa, muita gente usa o side hustle pra investir nos próprios sonhos, sem abrir mão da segurança financeira.
O que dá pra fazer como side hustle?
Opções não faltam. Tem gente que aposta em serviços digitais, como design gráfico, produção de conteúdo ou edição de vídeo. Outros preferem algo mais presencial, tipo vender comida, doces, acessórios personalizados, ou até dar aulas particulares.
Se você curte fotografia, por exemplo, pode vender suas fotos em bancos de imagem. Se manja de idiomas, pode dar aula online sem sair de casa. E o melhor: na maioria das vezes, dá pra começar gastando pouco ou quase nada, aproveitando o que já sabe fazer.
Desafios do mundo dos side hustles
Nem tudo são flores, claro. Conciliar o trabalho principal com o side hustle pode cansar, exigir disciplina e organização. Tem hora que bate um desânimo, principalmente quando os resultados demoram a aparecer. Sem contar que, às vezes, falta informação sobre como regularizar o serviço ou até como cobrar pelos trabalhos.
Outro ponto é o equilíbrio com a vida pessoal. Trabalhar demais pode atrapalhar o descanso, os estudos e até a saúde mental. Por isso, muita gente acaba aprendendo, na marra, a importância de colocar limites e cuidar de si.
O que as empresas estão achando disso tudo?
Muitas empresas já enxergaram que a geração Z valoriza flexibilidade e autonomia. Algumas até estimulam os funcionários a terem projetos próprios, desde que não prejudiquem o trabalho principal. Outras, porém, ainda veem o side hustle com desconfiança, achando que pode tirar o foco ou causar conflitos de interesse.
No fim das contas, o movimento dos side hustles veio pra ficar. Ele mostra que o jeito de trabalhar está mudando, e que dá pra se reinventar e buscar mais liberdade, sem precisar abrir mão da estabilidade. E se você tem aquela ideia guardada na gaveta, talvez seja a hora de testar esse caminho também.


