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O que a bíblia diz sobre união amasiada

O que a bíblia diz sobre união amasiada

Muita gente procura nas Escrituras Sagradas um norte para entender como levar a vida a dois. Se você já buscou a palavra “amasiado” na Bíblia, provavelmente não achou. Mas, mesmo sem esse termo específico, a Bíblia traz vários conselhos sobre compromisso e intimidade entre casais.

Aqui, a ideia é conversar sobre como os princípios cristãos podem ser aplicados a relacionamentos que ainda não foram oficializados, seja no cartório ou na igreja. Vamos olhar para o jeito atual de viver sem perder de vista o que as Escrituras ensinam.

É interessante perceber que, em várias traduções, aparecem palavras como “companheira” ou “concubina” em situações que lembram bastante a convivência sem casamento formal. Dá para tirar algumas lições dessas passagens, comparando o que era tradição na época e como as uniões acontecem hoje.

O papo aqui traz reflexões sobre responsabilidade afetiva, fidelidade e o propósito que Deus pensou para os relacionamentos. Cada ponto desse é analisado olhando para diferentes livros da Bíblia, para a gente conseguir enxergar o tema por vários ângulos.

Contextualizando a União Amasiada e o Casamento na Bíblia

Logo no começo da Bíblia, o casamento já aparece como base das relações humanas. Lá em Gênesis, Deus cria a união entre homem e mulher como algo duradouro, antes mesmo de qualquer outra organização social.

O matrimônio, nas Escrituras, é muito mais que um contrato: ele simboliza o relacionamento entre Cristo e a Igreja, um compromisso de entrega e fidelidade. Paulo fala bastante disso em suas cartas, mostrando que o casamento tem um valor sagrado e profundo. É uma relação que reflete o amor redentor que o Novo Testamento apresenta.

No Antigo Testamento, aparecem histórias de convivência com concubinas, o que requer um olhar atento ao contexto. Essas situações não desfazem o princípio original do casamento, mas mostram como Deus foi revelando, aos poucos, sua vontade sobre relacionamentos.

  • Fundamento estabelecido na criação (Gênesis 2:24)
  • Símbolo da aliança entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:25-27)
  • Condenação da imoralidade sexual no Novo Testamento (1 Coríntios 7:2)

O amor verdadeiro, de acordo com a Bíblia, vai muito além de sentimentos passageiros. Ele pede compromisso e respeito ao que Deus planejou para a família. Essa visão serve de guia para quem quer construir um relacionamento que esteja de acordo com a vontade divina.

O que a bíblia fala sobre união amasiada

Quando a Bíblia fala sobre casamento, principalmente em Gênesis 2:24, três pontos sempre aparecem: sair da casa dos pais para criar uma nova família, a união íntima entre homem e mulher e a consumação física desse compromisso, que simboliza a união de propósitos.

O caso de Isaque e Rebeca mostra como duas pessoas podem firmar um compromisso forte, mesmo sem uma cerimônia formal. Eles começaram a vida juntos com um acordo familiar e muita vontade de construir uma história. Ou seja, o que faz o casamento é a decisão de viver juntos, não só o ritual.

A expressão “uma só carne” vai além do lado físico. É sobre se conectar emocionalmente e espiritualmente, assumindo responsabilidades um com o outro. Essa ligação profunda é o que diferencia o casamento de uma relação passageira, sem intenção de construir algo duradouro.

Na prática bíblica, o que conta mesmo é:

  • Ter um lar próprio
  • Assumir publicamente o compromisso de fidelidade
  • Alinhar objetivos de vida

A Bíblia valoriza estabilidade e compromisso acima de formalidades. Relações casuais, só de aparência, sem projeto de família, não se encaixam no modelo bíblico de casamento, mesmo que as pessoas morem juntas por um tempo.

A Perspectiva dos Relacionamentos e Desafios Espirituais

Quando alguém passa por uma transformação espiritual, isso mexe diretamente com os relacionamentos. Quem se converte sente vontade de rever suas escolhas afetivas à luz do que acredita ser correto. Efésios 5:8 lembra: “Andai como filhos da luz”, ou seja, é preciso colocar a fé em prática na vida a dois.

Casais podem se ver em situações bem diferentes depois da conversão. Se os dois acreditam, o desafio é crescer juntos na fé e fazer planos alinhados. Se só um se converte, bate aquela dúvida entre seguir no relacionamento ou priorizar os novos valores.

Três situações costumam exigir atenção:

  • Casais que já acreditam, mas ainda não formalizaram a união
  • Parceiros que começaram a vida juntos antes de um deles se converter
  • Relações que surgiram depois de uma mudança espiritual de um dos envolvidos

O amor verdadeiro ajuda a encarar mudanças, mesmo se houver resistência. A Bíblia ensina que cada um vai prestar contas de seus próprios atos a Deus (Romanos 14:12). Ou seja, é importante agir de acordo com a fé, independentemente da reação do parceiro.

Se um relacionamento começou fora dos padrões bíblicos, sempre existe chance de recomeço. Arrependimento e mudanças concretas ajudam o casal a reconstruir a vida sobre uma base espiritual mais firme.

Comparando Casamento, União Estável e Amasiados na Visão Bíblica

No Brasil, a lei tem um jeito de reconhecer os vínculos, e a Bíblia tem outro. O Código Civil diz que união estável é uma convivência pública com objetivo de família, o que até lembra Gênesis 2:24, onde criar um novo núcleo familiar e ter compromisso de verdade são essenciais.

Casamento civil e união estável, olhando pelo lado bíblico, têm alguns pontos em comum:

  • Sair da casa dos pais para montar uma nova família
  • Viver a união íntima, tornando-se “uma só carne”
  • Ter o propósito claro de construir uma família

Na prática, relações informais sem intenção de formar família se distanciam do padrão bíblico. Ter filhos juntos mostra que existe um objetivo familiar, mas não substitui o compromisso consciente entre marido e mulher. O importante mesmo é o pacto afetivo, não só a papelada.

A Bíblia valoriza mais a estabilidade e dedicação do que os rótulos legais. Uma aliança de verdade aparece no cuidado mútuo e nos projetos de vida compartilhados, independentemente do nome dado à relação.

A Influência das Normas Civis e da Prática Eclesiástica

Cada sociedade tem suas regras e tradições para reconhecer casais. Aqui no Brasil, a união estável virou lei em 2002, aproximando-se um pouco do que a Bíblia fala sobre compromisso e estabilidade. Só que igrejas e comunidades religiosas costumam ter critérios próprios para dizer se um casal está, ou não, de acordo com a fé.

Muitas igrejas fazem questão de uma cerimônia de compromisso, seguindo o modelo de aliança de Efésios 5. Geralmente, isso envolve:

  • Uma cerimônia pública
  • Uma bênção pastoral para o casal
  • Participação ativa da dupla na vida da igreja

Hoje em dia, diversas igrejas oferecem aconselhamento e cursos para casais que já vivem juntos, ajudando a alinhar o relacionamento com os princípios cristãos, sem desvalorizar o caminho que já percorreram.

No fim das contas, equilibrar direitos civis e crenças religiosas exige diálogo. O mais importante é cultivar valores como fidelidade, respeito e vontade de construir uma família sólida, seja qual for o formato da relação.

Fonte: https://jornal.seg.br/