Se tem um papo que rende horrores entre quem ama cuidar da casa, é sobre plantas. E olha, uma dúvida que sempre aparece é: dá pra cultivar a dois de julho em vaso? Dá sim, e fica uma graça só. Eu mesma já tentei aqui em casa e, olha, não precisa de mistério não.
A dois de julho (ou brasileirinha, como eu costumo chamar) é daquelas plantas que adoram um cantinho arrumado. Tem uma vizinha minha que colocou na varanda e virou até ponto de conversa, porque todo mundo repara e quer fazer igual.
O melhor é que não precisa de quintal enorme nem nada disso. Às vezes, ela até prefere o vaso, principalmente se o lugar pega muito vento ou se você gosta de manter a planta mais controlada, sem virar aquele matagal. Já tive essa experiência, viu? No começo deixei solta e virou uma bagunça de folhas.
Vamos ver juntos como cuidar direitinho dessa planta no vaso?
Por que a dois de julho curte tanto o vaso?
Essa planta brasileira tem um jeito bem prático. As raízes não são profundas, ela cresce devagar e não toma conta do espaço todo.
No vaso, fica até mais fácil de cuidar. Dá pra controlar a terra, a drenagem, e ainda pode mudar o vaso de lugar quando precisar. Tipo, se começa a chover demais ou o vento aperta, eu puxo o vaso pra dentro rapidinho. Melhor do que perder planta à toa.
Além disso, combina com qualquer ambiente: apartamento, casa, varanda. E se cansar da posição, é só trocar o vaso de lugar, a planta agradece.
Como escolher o vaso ideal
Confesso, já testei vários modelos até acertar. O tamanho do vaso faz muita diferença. Se for começar com uma mudinha, escolha um vaso de uns 25 centímetros de diâmetro. Salvei a primeira mudinha assim, depois de errar com vaso pequeno demais.
Conforme a planta cresce, troque por um maior. Uma planta adulta fica feliz num vaso de uns 40 centímetros de diâmetro e pelo menos 35 de profundidade. Parece grande, mas é o que ela precisa pra ficar bonita.
Sobre o material, sempre penso assim:
– Barro: clássico, bonito e deixa a raiz respirar
– Plástico: leve, ótimo pra mudar de lugar
– Cerâmica: elegante, mas pesa bastante, principalmente depois de regar
– Fibra de coco: ecológica e drena bem
Uma dica que não falha: garanta que o fundo do vaso tem furos bons. Drenagem é tudo! Coloco argila expandida ou uns cacos de telha no fundo. Já perdi uma planta porque a raiz ficou encharcada.
Terra: capricho faz diferença
No vaso, é ainda mais importante escolher bem a terra do que no jardim. Aqui em casa sigo essa mistura que nunca falha:
– 40% terra vegetal de boa qualidade
– 30% húmus de minhoca (deixa tudo fértil e fofinho)
– 20% areia grossa pra melhorar a drenagem
– 10% perlita ou vermiculita pra dar aquela leveza
Se quiser facilitar, use terra pronta pra vaso e misture um pouco de areia grossa. Não tem erro.
Como plantar: passo a passo
Já fiz tanto que virou rotina, mas não custa lembrar:
– Vaso com furos no fundo
– Camada de argila expandida pra drenagem
– Substrato preparado
– Muda saudável da dois de julho
– Regador com crivo fino, nada de encharcar
Normalmente faço assim:
1. Coloco de três a cinco dedos de argila expandida no fundo
2. Uma camada de terra em cima
3. Centralizo a muda
4. Completo com terra, deixando uns dois dedos livres na borda
5. Dou uma regada leve, só pra terra assentar
Cuidados do dia a dia
No vaso, a terra seca mais rápido, mas qualquer vacilo pode encharcar a raiz também. Sempre coloco o dedo na terra: se os dois ou três centímetros de cima estiverem secos, é hora de regar.
No verão, costumo regar dia sim, dia não. No inverno, uma ou duas vezes por semana já basta. É aquele cuidado de quem gosta de ver a planta bem, sabe?
Adubação faz toda diferença. O vaso tem pouca terra, então a planta consome os nutrientes rápido. Uso adubo líquido para plantas ornamentais uma vez por mês, principalmente de setembro a março.
Pra deixar a planta crescendo retinha, giro o vaso de vez em quando. Assim ela não fica torta, buscando luz só de um lado. Quem nunca viu uma planta dessas, né?
Onde colocar o vaso?
Aqui, costumo deixar perto da janela, onde bate bastante luz, mas sem aquele sol forte o dia inteiro. Na sala clara fica lindo e, na varanda coberta, ela vai bem também.
Se for pra fora, prefira sol da manhã e sombra à tarde. Assim a planta fica cheia de vida, sem sofrer. Evite vento direto. E sempre deixo em um lugar fácil de regar e olhar.
Quando trocar de vaso?
Alguns sinais aparecem na prática:
– Raízes saindo pelos buraquinhos do fundo
– Planta meio “pulando” do vaso
– Crescimento travado, mesmo com rega e adubo
– Água escorrendo muito rápido e não molhando direito
Quando vejo isso, já sei que é hora de trocar. Prefiro fazer isso no final do inverno ou começo da primavera. Retiro a planta com cuidado, solto um pouco as raízes e planto em um vaso maior, com terra nova. Depois deixo na sombra pra ela se recuperar.
Problemas comuns e soluções
Folha pálida? Falta de luz. Troque de lugar, procure um ponto mais claro.
Folhas amarelas e caindo? Geralmente é água demais. Reduza a rega, confira a drenagem.
Crescimento lento? Pode ser vaso pequeno ou falta de adubo. Troque de vaso ou reforce o adubo.
Como deixar o vaso mais bonito
Só a dois de julho no vaso já chama atenção, mas dá pra brincar. Misture com samambaia (aproveitando a sombra dela), begônia pra colorir, ou mesmo grama preta ao redor. Fica diferente e sempre rende elogios.
Dicas pra quem mora em apartamento
Quando o espaço é apertado, cada detalhe faz diferença.
– Use pratinho embaixo do vaso, ninguém quer chão molhado
– Se a varanda é alta, prenda o vaso com arame ou corda, só pra garantir que o vento não vai derrubar
– Se pega muito sol, principalmente na hora do almoço, coloque uma tela ou mude o vaso pra um canto mais sombreado
Quer mais dois de julho? Faça mudas!
Quando a planta está forte, adoro multiplicar. Corte um galho de uns 15 centímetros, tire as folhas de baixo e plante em vasinho com terra úmida. Logo você tem uma nova plantinha, ótima pra dar de presente ou espalhar pela casa.
Fonte: https://jardimpratico.com/




